19 de nov. de 2012

António Pardal Monteiro

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Uma família ao estirador - Gente - DN  

A Biblioteca Nacional, em Lisboa, é obra de três gerações de Pardal Monteiro: iniciada por Porfírio, executada e concluída pelo sobrinho António, e agora remodelada e ampliada por este e o filho João. Émuito forte a gente ver crescer edifícios e os edifícios a crescer." João Cottinelli Telmo Pardal Monteiro interpreta assim a escolha da profissão, em que bisaram dois dos seus dois irmãos mais novos, Manuel e Duarte, e que lhe estava escrita nos genes e no nome. Nascido em 1954, não se lembra do tio-avô Porfírio, o fundador da linhagem (desaparecido em 1957), nem conheceu o avô Cottinelli Telmo (1897/1948), mas trabalhou com o tio arquitecto e designer Daciano Costa (1933/2005, casado com uma irmã da mãe, e em cujo atelier trabalham as filhas), antes de fazer sociedade com o pai e o irmão Manuel no atelier Pardal Monteiro, onde também trabalhou o filho de Porfírio, Pedro Kopque Pardal Monteiro, engenheiro civil, e onde colabora outro irmão, Gonçalo Pardal Monteiro, este engenheiro. Um nome pesado, este, exemplificado na história que João conta sobre a filha, que escolheu Direito: "Um dia alguém lhe disse que não tinha vocação para jurista e ela respondeu 'Se há coisa de que tenho a certeza é de que tenho vocação e muita; se não tivesse era de certeza arquitecta'." [Ler mais...]

Apologista de uma arquitectura limpa e dura, como o tio, e profundamente influenciado pelos modernos do pós-guerra, António Pardal Monteiro, que também é autor do Instituto Ricardo Jorge, confessa que o que mais o apaixonou foram "as grandes obras nacionais", de "grande grau de complexidade". "Costumo dizer que nunca fui arquitecto de pato bravo. Prefiro coisas de outra dimensão e de outro interesse. Para mim, claro - outra pessoa poderia achar diferente."

fonte: http://www.dn.pt/gente/interior.aspx?content_id=1625736